O equipamento, o primeiro a chegar ao Brasil, é fabricado na Suíça, custa quase R$ 2 milhões e foi doado à Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), que não tem fins lucrativos.
Um robô está ajudando quem quer andar e não pode. Como todas as outras meninas de 8 anos, o que Giulia Castilho mais gosta de fazer é brincar. “Na escola, eu pinto, faço prova. Eu gosto de português”, avisa.
Ela tem paralisia cerebral, o que compromete a mobilidade. A menina se identifica com uma personagem da novela Viver a Vida. “Eu gosto da Luciana”, diz Guilia.
Luciana, interpretada por Aline Moraes, é uma modelo que sofreu um grave acidente e agora anda em cadeira de rodas. “O papel da moça da novela está sendo bem claro, bem otimista. E eu vejo que a Giulia meio que se compara”, conta a mãe de Giulia, Paola Castilho.
A rotina é puxada: ecoterapia, hidroterapia e fisioterapia três vezes por semana. Hoje, a Giulia vai experimentar um aparelho novo, e como toda novidade, ele vai dar mais ânimo aos pacientes e deverá acelerar o processo de reabilitação de quem tem dificuldade para andar.
O equipamento, o primeiro a chegar ao Brasil, é fabricado na Suíça, custa quase R$ 2 milhões e foi doado à Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), que não tem fins lucrativos.
“Ela encurta o tempo de terapia. Ela realmente traz um benefício bastante grande, ela é um elemento coadjuvante na terapia, mas que acelera bastante os resultados”, diz o diretor da AACD, Eduardo de Almeida Carneiro.
Primeiro o tronco é todo amarrado a um colete que suspende a pessoa. Depois, o aparelho reveste o paciente, dando suporte para os movimentos.
“Ela vai trabalhar a parte de força muscular e essa troca de passos que a gente precisa automatizar. Comprimento de passo, velocidade, cadência. São todas essas coisas que a gente trabalha na marcha”, explica a médica Alice Ramos.
O exercício estimula a musculatura e dá condicionamento físico. Pode encurtar o caminho para pacientes como Giulia e Edson Barbezan. Dois anos atrás, a bicicleta dele quebrou na estrada. No tombo, ele lesionou a medula.
“Na hora, que você sai dessa máquina a sensação é muito boa. É uma sensação de leveza. Eu espero que ela me leve ao lugar, onde eu comecei, como eu era antes”, diz o serralheiro Edson Barbezan.
Na tela, um vídeo simula nos movimentos que a criança faz durante o treino. “Então, eu vou associar movimentos que o paciente vai fazer no aparelho com os movimentos que vão aparecer na tela”, explica a médica.
A novidade faz sucesso! “Qualquer coisinha que ela faça, por menor que seja, para mim já é uma vitória”, comemora a mãe de Giulia, Paola Castilho.
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