quarta-feira, 14 de abril de 2010

Bolsas das mulheres podem carregar milhares de bactérias

Qual mulher que não desgruda da bolsa? “Eu adoro bolsa”, reconhece uma jovem. “Não posso sair sem uma bolsa”, diz uma mulher. “Bolsa é essencial”, afirma outra.

A bolsa acaba passando por vários lugares. É por isso que o Fantástico decidiu fazer um teste. Instalamos uma microcâmera em algumas bolsas para mostrar, em detalhes, por onde elas andam: pelo ônibus, praça de alimentação, bancos de rua. E daí é pra pior. “Quando venho ao banheiro, geralmente coloco no chão ou, então, em cima do lavatório”, conta uma mulher.

E depois, a bolsa ainda pode ir para perto da comida. “Eu não sei o que está mais sujo, se é a bolsa ou se é o balcão”, afirma a cabeleireira Solange Ferreira.

Não sabe? Então, o Fantástico explica. Nós chamamos um laboratório de análises clínicas para testar as bolsas. Será que elas carregam bichos invisíveis? Técnicos coletaram amostras das partes mais expostas das bolsas.

O resultado mostrou que todas tinham algum tipo de bactéria. Muitas estavam cheias de coliformes fecais, aquelas bactérias das fezes de animais e seres humanos. E o pior: as donas estavam comendo com as bolsas do lado.

Os coliformes são perigosos. Causam principalmente infecções intestinais. “E o que nós fazemos com nossa bolsa? Levamos para todos os lugares e chegamos na nossa casa e colocamos em cima da mesa, a mesa em que nós fazemos as nossas refeições. Esses microorganismos podem ir para o nosso prato através da nossa bolsa”, explica a microbiologista Marta Cristina Souza.

O resultado mais surpreendente foi a presença em diversas bolsas da Staphylococus Aureos, a temida super bactéria. Quando ela surge em hospitais, onde as pessoas estão enfraquecidas, pode ter consequências muito graves.

“Ela tem resistência a uma grande parte dos antibióticos. Então, ela é bastante perigosa por essa resistência aos antibióticos. E ela pode trazer infecções de pele, problemas de gastroenterite, assim como os coliformes fecais”, aponta a microbiologista Marta Cristina Souza.

Analisamos também o resultado de algumas estudantes da universidade, uma delas é a Paloma. E o Fantástico mostra para a jovem o resultado. Paloma deu sorte. Apareceram bactérias na bolsa dela, mas poucas.

“Os resultados apurados não foram significativos, para que a gente falasse para a Paloma que a bolsa dela está contaminada”, diz a microbiologista.

“Como não deu nada, a gente fica mais tranquila. Agora, a gente começa a ver de outro ângulo. Então, a gente vai começar a tomar mais cuidado”, diz a jovem.

Para começar a ter mais cuidado. Atenção para as dicas da professora Marta Cristina Souza: não deixe a bolsa no chão, nem leve ao banheiro. Jamais coloque a bolsa em cima da pia ou na caixa de descarga e nunca deixe em mesas de refeições. Procure limpar a bolsa com pano, água e sabão, no mínimo, uma vez por semana. No carro, guarde sempre no porta-malas, que é menos contaminado do que o chão e mais seguro que o banco.

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