Por que a tendência de apresentar pedra na vesícula aumenta com a idade?
Na verdade muitas pessoas são portadoras de cálculos biliares, contudo não apresentam qualquer tipo de sintoma, sendo diagnosticada a “pedra” na maioria das vezes de modo incidental, nos exames de rotina (os tais “check-ups”), como tomografia e ultrassom do abdome. É preciso tomar cuidado para que o quadro não evolua, para um quadro agudo de inflamação da vesícula (colecistite aguda), quando um cálculo obstrui a saída da bile; colangite, que corresponde a uma infecção grave dos canais que levam a bile para o intestino; e até mesmo uma gangrena da vesícula.
Como a obesidade afeta o aparecimento dessa doença?
O indivíduo que apresenta obesidade possui, geralmente, uma dieta rica em gordura animal, o que acaba contribuindo para a formação de cálculos biliares.
A cirurgia laparoscópica é sempre o melhor tratamento, seja para pacientes sintomáticos (que já sentem dores) ou assintomáticos?
A cirurgia laparoscópica para remoção da vesícula é, hoje em dia, o melhor tratamento visto que é muito segura e possui baixíssimos índices de complicações. Atualmente, podemos associar à técnica do single port, ou seja, a retirada da vesícula com apenas uma incisão de cerca de 2,5 cm e alta hospitalar no mesmo dia da cirurgia, com ótimos resultados.
O fato de se retirar a vesícula não afeta o funcionamento do fígado ou do intestino?
Não afeta de modo algum. Evolutivamente, o homem não necessita hoje em dia da vesícula, pois se alimenta várias vezes ao dia o que torna a vesícula um órgão sub-utilizado, já que não há a necessidade de se armazenar tanta bile. Alguns pacientes, contudo, ao retirar a vesícula podem apresentar um aumento no número de evacuações no primeiro mês.
Qual seria a forma de prevenir o aparecimento dessa doença?
A melhor maneira de se prevenir é ter uma dieta com baixo teor de gordura e alto teor de fibras, diminuindo a chance de se formar os cálculos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário